Frederico Paredes

Intervalo

Na forma de um ensaio coreográfico, Frederico Paredes aborda questões coloniais através da figura do pardal, intruso de cidades e agressor de outras espécies de aves, em particular o Tico-tico. Importado para o Rio de Janeiro no início do século XX, o volátil aqui se torna esse corpo estranho e simbólico, a partir do qual são questionadas as dificuldades de conviver, os mecanismos de rejeição e agressão, a maneira pela qual a benevolência colide com a violência na cidade brasileira.

 

Em um palco vazio, que alterna a avenida do Rio e a mata atrlântica, Frederico Paredes fala sobre como as escolhas urbanas traduzem relacionamentos coloniais, domínio econômico e social. Como um guia improvisado, ele vincula o gesto ao discurso, misturando anedotas, descrições de paisagens e gravações de canto de pássaros de forma “meta-coreográfica”, onde a luta pelo território parece ser uma metáfora contundente para a arte e a situação atual no Brasil.

12 > 14.03.20

CN D Pantin

12 & 13.03 à 19:00 / 20 min. 
14.03 à 18:30 / 20 min.

 

Coreografia, texto e performance: Frederico Paredes 
Iluminação: José Geraldo Furtado 
Assistente de direção de produção: Bebel Barreto 
Trilha sonora: Canto das Aves do Brasil Johan Dalgas Frisch

 

Coprodução Festival Panorama, Rio de Janeiro.