Que dança podemos dançar na pandemia e no Brasil?

Os cinco primeiros trabalhos lançados às correntes aquáticas online projetam possibilidades de futuro e preservam seu passado e sua ancestralidade. Cada um destes trabalhos coloca em questão organizações estéticas e políticas de corpos sistematicamente silenciados.

Práticas de invasão é uma aposta na comunhão como armadilha e na autodefesa como estratégia. Museu dos meninos – sem título para uma radiocoreografia é uma experiência de escuta coletiva que, fazendo a passagem da imagem para a palavra, o som e a música, coloca em questão a visibilidade de corpos e territórios. Elegbará busca outra paisagem carioca para apresentar uma dança efêmera e visceral. Èdà é um respiro de esperança aos que sobrevivem aos movimentos da Maré, um projeto coletivo afetado pela complexidade das favelas cariocas. O berro é um conjunto de entrevistas corporais que, em tempos de isolamento, questiona o destino de mulheres atingidas pelo sistema prisional.

A programação do Panorama Jangada conta ainda com quatro Conversas Flutuantes, uma série de encontros informais com as equipes das obras, convidades especiais e público.

 Vem com a gente, que ainda tem muito mar revolto pela frente.