Com sua primeira edição organizada em 1992, o Festival Panorama é realizado pela Associação Cultural Panorama desde 2007 e traz a proposta de ocupar a cidade do Rio de Janeiro com dança e projetos dos mais variados formatos, apresentando as relações que o corpo constroi com o espaço, tempo e público através do movimento. Ao longo dos seus 22 anos, apresentou companhias e artistas nacionais e internacionais, com papel fundamental na construção da memória da dança no Rio de Janeiro.
Pioneiro em associar arte contemporânea de ponta a preços populares, o Panorama já é parte do calendário cultural da cidade e ponto de encontro de mais de 20 mil pessoas por edição. Dança, tecnologia, novas dramaturgias do corpo – tudo se conjuga para formar um festival único no Brasil.
Durante as duas semanas do Festival, além da programação nos teatros, são desenvolvidos projetos de ocupação de espaços não teatrais, num questionamento constante sobre o corpo e a cidade. Com o foco nas artes cênicas, mas continuando sua abertura desde 2010 para as outras linguagens, propõe dezenas de espetáculos, exposições e performances espalhados por todas as regiões da cidade.
O Panorama apoia e incentiva a produção coreográfica de artistas brasileiros e latino-americanos, abrindo espaço em sua programação tanto para nomes já consagrados como jovens iniciantes, servindo de plataforma para o desenvolvimento artístico e projeção internacional de artistas do Rio de Janeiro.
Através de coproduções, financia a criação de peças inéditas e é uma das maiores vitrines nacionais para as artes cênicas da cidade e do Brasil. Por conta de sua enorme visibilidade internacional, é visitado por dezenas de curadores e diretores de teatro de todo o mundo.
O Festival Panorama fez parte de importantes redes internacionais e nacionais de artes cênicas, como a Red SudAmericana de Danza, a Next Step, rede financiada pela União Europeia que reúne os mais prestigiados festivais da Europa, e a IETM, que reúne mais de 500 festivais, centros culturais e teatros. Teve dezenas de apoios de entidades internacionais de fomento e intercâmbio cultural, tais como Iberescena, Institut Français, British Council e Institut Goethe.
No Brasil, é membro fundador do Circuito de Festivais Internacionais de Dança e do Grupo de Festivais Internacionais do Rio.
Desde 2018 vem experimentando novos formatos. Em 2019, fez uma não-edição de protesto. Em 2020, uma edição exilada em Paris, a convite do CND Pantin e uma edição online Panorama Luto, onde mais de 300 convidades leram textos e livros durante 151.640 segundos, ou cerca de 51h, para marcar o que então era o número de mortos da Covid-19 no Brasil.
Em 2021, o Festival Panorama se reiventa como uma jangada, um instrumento de flutuação temporária com duas fases. Uma voltada para os artistas do Rio de Janeiro, com recursos da Lei Aldir Blanc, e uma nacional e internacional, com parceiros em diversos países.
Direção Geral
É jornalista e curadora desde 1992. Realizou – como curadora, critica de dança e jornalista – diversas mostras e conferências na área da dança, das artes performativas e da cooperação cultural. Entre os últimos projetos: a Conferência Internacional de Dança e Cooperação Cultural, realizada em Rio e São Paulo, em 2005. Desde 2001 é curadora convidada do Festival Panorama, tornando-se em 2006 diretora geral e artística do Festival e de outros projetos da Associação Cultural Panorama. É também fundadora e editora do site especializado em dança www.idanca.net.
Direção de Produção
Produtor cultural, sócio-diretor da Trio Carioca Produções, atuou em diversos festivais de cinema como o Festival do Rio e o Rio Festival Gay de Cinema. Foi um dos idealizadores do Ocupa Cacilda! e consultor de projetos culturais do Baile Charme do Viaduto de Madureira. Produzindo também companhias de dança, trabalha na Associação Cultural Panorama em diversos projetos desde 2009. Em 2017 assume a direção de produção do Festival Panorama.