Este ano, um dos conceitos norteadores do Festival Panorama foi a noção de Comunidade. Diferentes leituras sobre o tema, propostas por atrações brasileiras e internacionais, puderam ser vistas nos 14 espaços que ocupamos nesta 21ª edição.

Para nossa surpresa, o conceito de Comunidade deu a tônica também dos bastidores do Panorama. Este ano, nada menos que 93 voluntários se deixaram levar pela “loucura” que é levantar um festival do nosso tamanho.

Estamos em 2012, o ano em que chegamos à maioridade, e esse foi nosso maior presente. À Comunidade Panorama, o nosso muito obrigado. Vocês foram incríveis!

A Arte da Comunidade

Mais de 12 mil pessoas se movimentaram pela cidade prestigiando a nossa programação. Duas semanas intensas, em teatros, centros culturais, parques e campos, festas, até na Estação Carioca do Metrô.

Espetáculos de dança, performance e artes do corpo, e também mostras de filmes, exposições, instalações, intervenções, shows com músicos, performers, DJs.

A portuguesa Filipa Francisco, responsável pela abertura oficial do Festival Panorama, no palco do Teatro João Caetano, revelou seu olhar sobre a Comunidade com A viagem, desenvolvido a partir de uma residência de três semanas com membros do rancho folclórico português Casa de Viseu , de Vila da Penha, Zona Norte da cidade.

Mas A viagem estava apenas começando…


A dupla Ana Borralho e João Galante, também de Portugal, apresentou-se com duas visões de Comunidade. E, de novo, voluntários cariocas ou residentes na cidade puderam participar. Em World of Interiors, cerca de 40 pessoas deitaram nos jardins da EAV/Parque Lage para sussurrar textos do dramaturgo Rodrigo Garcia.  Atlas, apresentado no Teatro Carlos Gomes, reuniu mais gente. Em cena, 100 pessoas, das mais distintas profissões, formando um atlas social da nossa cidade.

Os ingleses também contribuíram com suas leituras. Rosemary Lee dirigiu mais de 40 homens em Melt Down, performance que os fez derreter em meio às árvores , em pleno Campo de Santana, no Centro do Rio. A dupla Helen Cole & Alex Bradley ouviu – e gravou – memórias de brasileiros sobre perfomances e nos brindou com We See Fireworks, instalação acolhida pelo Centro de Arte Helio Oiticica.

A brasileira Clarice nos representou muitíssimo bem com Plantações/árvores, que contou com a colaboração de 38 voluntários, todos hábeis em plantar bananeira. A performance, um sucesso de público na EAV/Parque Lage, foi reapresentada no CCBB.