EDUCATIVO E OFICINAS

O Programa Educativo do Festival Panorama é uma iniciativa transversal que conecta arte, educação e comunidade. Mais do que uma ação complementar, o educativo integra-se à estrutura do festival, promovendo experiências que articulam criação artística, reflexão crítica e participação social. A dança é explorada como campo de conhecimento e diálogo, alinhada ao eixo curatorial e às temáticas da programação.

PROGRAMA DE MONITORIA
O Programa de Monitoria oferece a estudantes universitários — especialmente do curso de Licenciatura em Dança da UFRJ — uma vivência prática no contexto do festival, unindo formação acadêmica, experiência profissional e mediação cultural.
A equipe de monitoria participa de encontros formativos ao longo do ano e, durante o evento, atuam em recepção de público, apoio a oficinas, acompanhamento técnico e mediação artística, contribuindo para o diálogo entre artistas, público e equipe.

Essa experiência é fundamental para a formação de professores, ampliando a compreensão sobre os processos de produção artística, curadoria, acessibilidade e formação de público.

FORMAÇÃO DE PLATEIA

Em 2025, o Programa Educativo amplia suas ações de formação de plateia, fortalecendo parcerias com escolas públicas, universidades, ONGs e projetos sociais.

As iniciativas incluem ingressos para espetáculos, mediação junto a grupos de formação de públic e oficinas abertas, promovendo o acesso à arte e o diálogo entre diferentes contextos educacionais.Essas ações consolidam o compromisso do Festival Panorama com a educação artística, a inclusão cultural e a valorização da diversidade, estimulando novas formas de pensar, criar e compartilhar dança.

Próximas Atividades:

Oficinas, Workshops e Residências

  •  27, 28 e 30 OUT

    Residência

    Curto Circuito

    CurtoCircuito é uma residência artística que reúne João Paulo Lima e Jeroniimo Eichler em um espaço de experimentação entre dança, performance e artes visuais. A proposta ativa o desequilíbrio como motor criativo, fazendo da fricção entre diferenças um campo fértil para invenção. Ao mesmo tempo, afirma-se como um gesto de desmito, rompendo com as expectativas hegemônicas sobre pessoas com deficiência e abrindo espaço para novas narrativas, corpos e modos de criação. Os artistas da residência compartilham com o público seus processos no dia 30/10 no Teatro Nelson Rodrigues.

  • 29 OUT | 14h às 16h

    Oficina

    João Paulo Lima

    A oficina “Dança e Escrita Aleijada”, com João Paulo Lima propõe novos sentidos aos participantes, quanto a força de corpo e palavra a percepções anticapacitistas e decoloniais a partir da prática da dança e da escrita. Um exercício de movimento, deslocamento e descontrução de valores que ainda operam a estrutura social hegemônica e pouco diversa.

  • 04 NOV | 14h às 16h

    Oficina

    Fernando Anuang’a

    A oficina Dança Maasai convida o público a mergulhar no universo ritual e simbólico dessa tradição ancestral do povo Maasai, originário do Quênia. A atividade propõe uma experiência que integra corpo, canto e respiração como formas de conexão entre a terra e o céu.

    A partir da contextualização histórica e da gestualidade característica da dança — marcada por ondulações verticais e movimentos que canalizam a energia vital —, os participantes são conduzidos por uma série de exercícios que exploram a respiração como motor do movimento, a ocupação do espaço e a improvisação coletiva.

    A oficina enfatiza o caráter comunitário e espiritual da Dança Maasai, em que canto e movimento emergem como expressões espontâneas da vida cotidiana, transformando o corpo em um veículo de força, beleza e ancestralidade.

    Conduzida por Fernando Anuang’a, artista queniano e intérprete do espetáculo Traditional Future, a atividade integra a programação do Festival Panorama 2025, propondo um encontro sensível entre tradição, contemporaneidade e presença coletiva.

  • 10 NOV | 14h às 16h

    Oficina

    Mark-Wilfried Kouadio

    No contexto da apresentação do espetáculo [Superstrat[ no Festival Panorama 2025, a Companhia par Terre promove uma oficina conduzida por Mark-Wilfried Kouadio, conhecido como “Willy Kazzama”, dançarino e intérprete da Costa do Marfim. A atividade convida os participantes a mergulhar no universo da obra, explorando confiança em si, ocupação do espaço, olhar sobre si e sobre o outro, improvisação e escrita corporal. A oficina será um espaço de partilha e experimentação, em que cada participante poderá vivenciar de forma ativa a força simbólica e ancestral da dança presente em [Superstrat[.

  • 11, 12, 13, 14 NOV | 14h às 17h

    Residência

    Moving Landscapes com Leandro Zappala & Anna af Sillén de Mesquita (QUARTO)

    A residência de quatro dias propõe um mergulho nos processos criativos de Moving Landscapes, obra mais recente do coletivo QUARTO. Em diálogo direto com os artistas, os participantes terão a oportunidade de experimentar metodologias e práticas desenvolvidas ao longo de mais de uma década de pesquisa, que investigam a relação entre corpo, materialidade e espaço.

    Partindo da interação entre corpos e estruturas – como o cubo de 3x3m presente na obra – a residência explora noções de território, ecologia, vazio e coletividade, articulando referências filosóficas, históricas e visuais que atravessam o trabalho do QUARTO. Serão propostas práticas corporais, exercícios de improvisação, diálogos coletivos e experimentações site-specific, em que os participantes são convidados a questionar como o corpo transforma e é transformado pelo espaço e pela matéria.

  • 16 NOV | 10h às 12h

    Workshop

    Save The Last Dance for Me

    Originária de Bolonha, na Itália, no início do século XX, a polka chinata é uma dança de cortejo tradicional, física e quase acrobática, em que os pares se abraçam e giram enquanto se inclinam até quase tocar o chão. Essa prática é revivida por Alessandro Sciarroni no espetáculo Save the Last Dance for Me e compartilhada nesta oficina conduzida pelos bailarinos Gianmaria Borzillo e Giovanfrancesco Giannini.

    Com duração aproximada de duas horas, o encontro propõe um momento de troca e convivência, cujo objetivo não é formar especialistas, mas criar comunidade e transmitir os passos dessa antiga dança, preservando-a e fazendo-a ressoar no presente.

    Recomenda-se o uso de roupas confortáveis e meias grossas ou de toalha, adequadas ao trabalho físico e às dinâmicas corporais da atividade.