contact Gonzo (acima) é uma companhia de Osaka, no Japão, que mescla a improvisação com a estética gonzo de Hunter S. Thompson. Seus dançarinos se espalham pelo mundo e ocupam espaços públicos, como teatros, museus e becos, com performances que podem parecer tanto uma troca de tapas quanto uma dança sofisticada.

Múa, espetáculo que brinca com escuridão/luz, silêncio/música, dança/imobilidade, foi criado a partir de três impactantes experiências vividas por Emmanuelle Huynh. A primeira foi a imersão no escuro – proposta por Michel Reilhac em Dark noir, na Videoteca de Paris –, permitindo o aguçamento dos outros sentidos. A segunda foi improvisar performances de olhos fechados. A terceira foi fazer uma residência no Vietnã, terra natal de seus pais. Múa é mover-se para dentro de si e para o mundo.

 

Em VIOLET, o começo é minimalista: uma contração dos dedos e a circulação vagarosa dos ombros. Ao som da percussão e da música eletrônica ao vivo do baterista Brendan Dougherty, os movimentos se expandem como uma onda, provocando um furacão de padrões energéticos. O espetáculo marca o retorno da coreógrafa americana Meg Stuart à pesquisa do movimento como motor inicial da criação.

 

 

E ainda…

This is concrete é um lento passeio por dois corpos masculinos que se envolvem enquanto testam seus limites. Com Jefta van Dinther e Thiago Granato, embalados por um trilha tão pulsante quanto a troca entre eles.

Em Maneries, Luis Garay desafia seus limites enquanto investiga as potencialidades do corpo e sua linguística.

Twenty looks or Paris is burning at the Judson Church (M)imosa, que ontem arrancou risos e aplausos calorosos, é uma colaboração coreográfica entre Trajal Harrell, Cecilia Bengolea, François Chaignaud e Marlene Monteiro Freitas. O formato médio da série é algo indefinido, entre um concerto de rock, uma coreografia, um caraoquê, um jogo de máscaras. Os cocriadores vivenciam e partilham a distância entre eles e suas fontes de inspiração.

E se depois dos espetáculos você quiser esticar no Centro do Festival, o Largo das Artes vira ponto-de-encontro entre os produtores do festival, suas estrelas e, é claro, o público. Leve o canhoto de seu ingresso (só vale para um mesmo dia!) e aproveite para ver de perto a equipe do  Panorama Aumentado.