O sol insiste em se esconder, mas não tem problema: o domingo será ensolarado nos palcos cariocas com as apresentações programadas pelo Panorama. E não precisa esperar o dia todo para as coisas acontecerem. Às 11h, Têtes-à-Têtes faz sua segunda edição no Teatro Nelson Rodrigues, projetando na retina das crianças – sim, um espetáculo de Maria Clara Villa Lobos e especialmente recomendado para elas – visuais lúdicos e incríveis, com muita músicadança, movimento, vídeo, som e luzes.

Fantasia com pegada adolescente, Katana, da Cia R.E.C. sob direção de Alice Ripoll, gira em torno do imaginário teen: superpoderes, desafios, ataque, defesa e meditação; filosofia oriental e guerrilha. As referências passam por animes, quadrinhos e games e por isso a imaginação corre solta: ninjas, samurais, os rappers MV Bill e Emicida e cada um de nós. E a instalação coreográfica Solo(s), de  Izabel Stewart e Tana Guimarães, faz sua última apresentação no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto.

Não muito longe dali, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage recebe a segunda e derradeira edição de Tardes no Parque, com performances e instalações em diferentes espaços da EAV. Em caso de chuva, a programação prevista para acontecer ao ar livre estará protegida do mau tempo, assim como você. Artistas como João Penoni, Clarice Lima (foto) e contact Gonzo esperam por você a partir das 16h.

À noite, para fechar com chave de ouro o domingo, Ana Borralho e João Galante apresentam Atlas (foto em destaque), no Teatro Municipal Carlos Gomes. O espetáculo é protagonizado por pessoas do povo, de diferentes profissões, selecionadas a partir de uma convocatória realizada pelo Panorama em suas redes sociais. E pelo boca-a-boca, é claro!

E ainda…

We see fireworks, de Helen Cole e Alex Bradley, é formatada como uma instalação visual e sonora, composta por um arquivo de vozes em constante evolução, que ecoam em uma sala iluminada por luzes que piscam e evocam lembranças de performances ou eventos cotidianos. O trabalho parte da premissa de que o teatro é algo essencialmente viral, que acontece em todo e qualquer lugar.

Ainda no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, você poderá conferir STILL_MÓVIL (foto), iniciativa da Rede Sul-Americana de Dança e do artista italiano radicado em Londres Manuel Vason. Com o objetivo de transformar uma obra de dança ¬ uma obra ao vivo ¬ em quietude e imagem, Manuel Vason viajou entre 2010 e 2011 por 10 países sul-americanos registrando em residências colaborativas o trabalho de 50 criadores, coreógrafos e bailarinos. The fault lines, que renova a parceria coreográfica entre Meg Stuart e Philipp Gehmacher, cumpre nova sessão também no CAHO.